Agora é oficial: Governador Mauro Mendes manda fechar a Escola Estadual Licínio Monteiro em Várzea Grande

 






 Governador Mauro Mendes expõe famílias e alunos Portadores de Deficiências, Alunos Imigrantes e Educação de Jovens e Adultos ao determinar o Fechamento da Escola Licínio em Várzea Grande.


Os familiares e alunos portadores de deficiências, alunos imigrantes, do ensino de Jovens e Adultos, bem como os alunos do ensino regular, foram surpreendidos, mais uma vez, coma decisão de fechamento da Escola Licínio Monteiro em Várzea Grande. A ordem veio da Seduc em 2 documentos: um que elenca as escolas que serão municipalizadas e outro que aponta para diretor da escola fazer os encaminhamentos para dar baixa no CNPJ da Escola. Mais uma vez, o Governador Mauro Mendes desrespeita todas as legislações do sistema estadual de ensino é impõe de forma autoritária ações para atender apenas interesses de governos sem debate com a sociedade.

A Comunidade da Escola Licínio vem lutando contra o fechamento da escola.

Desde o anúncio da municipalização da Escola Licínio Monteiro, na judicializada questão do redimensionamento de matrículas, a comunidade da Escola Licínio reagiu e fez movimentos contra o fechamento da escola, ao mesmo tempo que protocolou junto com o Sintep/VG denúncia no Ministério Público ação contra o fechamento da mesma, bem como buscou apoio junto a lideranças políticas para impedir o fechamento da escola.

 

Mauro Mendes e Kalil Bracat desprezam o apoio da sociedade varzeagrandense contra o fechamento da escola

Diante do risco de fechamento da escola, a comunidade escolar criou um coletivo de lutas em defesa da escola Licínio e contra sua municipalização e com toda a comunidade realizou abaixo-assinado com mais de 2 mil assinaturas, carreata pela cidade, participou de audiência Pública na Assembleia Legislativa convocada pelo Deputado Estadual Lúdio Cabral, também em audiência convocada pelo Deputado Estadual Barranco, bem como realizou ato público com um abraço simbólico na escola. Todas essas manifestações foram necessárias para denunciar a atuação desumana e descompromissada do Governador Mauro Mendes e do Secretário Alan Porto que desenvolvem na Seduc um projeto que visa iniciativas não previstas no Plano Estadual de Educação e prepara a rede estadual de ensino para entrada das empresas privadas no oferecimento de currículos prontos (como apostilas) e contratação de pessoal de forma precarizada como já acontece com os educadores que cuidam de pessoas com deficiências, em que a empresa recebe mais de R$2 mil reais por contrato, mas repassa de forma bruta, menos da metade desse valor.

Autoridades como Deputada Rosa Neide e Senador Jayme Campos também foram contactadas pela gestão escolar e em audiência, o Senador Jayme Campos se comprometeu com a defesa da Escola Licínio e contra seu fechamento.

Senador Jayme Campo se empenhou pessoalmente para defender o Licínio

Com o Senador Jayme Campos, em duas audiências com a Gestão da Escola, o mesmo não apenas se comprometeu em lutar para manter a histórica Escola Licínio Aberta, como fez contato por telefone com o Prefeito Kalil Baracat para que o mesmo se comprometesse com o não-fechamento da escola, em função das prioridades de atendimentos que a escola possui atualmente, atendendo especialmente a EJA – Educação de Jovens e Adultos, estudantes imigrantes e mais de 40 alunos da Educação Especial.

 

Governador Mauro Mendes se cala sobre futuro de escola que atende especificamente  população vulnerável

Desde que a comunidade pressionou o governo Mauro Mendes a não fechar ou municipalizar a Escola Licínio Monteiro, o governador vem se silenciando sobre o futuro da Escola Licínio Monteiro. Muitos alunos, principalmente os especiais, que já vem sendo acompanhados ao longo de vários anos pela escola vivem angustiados sem uma solução definitiva, mas são categóricos em manifestar o desejo de continuar estudando no Colégio Licínio. Para vários dos estudantes, a insegurança sobre o futuro é muito grande, uma vez que já estão habituados com a Escola Licínio Monteiro e o fato de ainda não ter uma confirmação sobre o futuro da escola gera medo e insegurança para os mesmos.

Entretanto, os últimos documentos que chegaram na escola, oriundos da Seduc/MT demonstram não só o silêncio do Governador diante da luta da comunidade escolar, como demonstra o que o governou virou as costas para as necessidades da população. Fechar escolas em plena pandemia é um descompromisso com a população.

Educação e Solidariedade são marcas fortes na vida da escola Licínio  que o governador determinou fechar e municipalizar.

Muitos dos estudantes falam com carinho e cuidado da escola que os acolheu e acolhe e que lhes proporcionou uma evolução na aprendizagem, situação que dificilmente encontrarão em outras escolas. A EJA – Educação de Jovens e Adultos, A Educação Especial e o Ensino para Imigrantes são situações que exigem para além da relação ensino-aprendizado, a condição de acolhimento e pertença. As diversas situações vividas pelos estudantes exigem dos profissionais da educação na escola todo um olhar abrangente que envolve a atenção e cuidados específicos dos mesmos, muitas vezes para além dos muros da escola.

Um exemplo claro dessa condição é a situação de uma aluna especial, já adulta, que mora sozinha no Bairro Construmat na grande Cristo Rei, e que teve se barraco invadido pelas fortes chuvas que caíram nas últimas semanas, destruindo completamente seu colchão e tendo a água alagando seu barraco.

A aluna informou sua situação juntos aos educadores da escola que prontamente realizaram uma campanha de doação para comprar um novo colchão e preparar melhorias no seu barraco para evitar mais inundações neste período chuvoso.

Governador Mauro Mendes atua para impedir relações mais humanas e solidárias nas escolas.

Esta é a situação de muitas escolas, inclusive as que o governador insiste em fechar. A visão empresarial que domina o seu burocrático e financista governo, abre a educação para as investidas empresariais visando o lucro acima de tudo, destruindo as experiências de humanidade e solidariedade dentro das escolas. É esta escola que o governo quer mudar, para no seu lugar colocar a visão empresarial, militarizada, bancária e tecnocrata, que não consegue ver senão números frios dos resultados do IDEB, sem falar, que o próprio governo Mauro Mendes vem contribuindo para o sucateamento da educação numa ação apenas de photoshop em que, geralmente com as escolas mais antigas, constrói apenas o portão de entrada sem mexer na estrutura interna das escolas.

Governo Mauro Mendes está longe de reconhecer as necessidades da população

A realidade instalada dentro Seduc/MT, em que tecnocratas e burocratas estão mais a serviço de licitações empresariais do que do direito à educação é comprovada de forma muito simples: na política de redimensionamento, a Seduc/MT,  apesar da falácia de que tem uma organização de remanejamento dos estudantes, não se importam com os estudantes. Uma prova é que a escola recebeu e-mail nessa semana do Setor de Diversidades perguntando se a turma de imigrantes tem demanda para o ano de 2022 e qual escola atenderia os mesmos, sendo que a responsabilidade de informar seria da mantenedora.

Outro descaso é que não chega a comunidade nenhum comunicado oficial assinado pelo secretário sobre a real condição da escola, mas os profissionais estão sem saber de sua condição de trabalho, passando por um processo de atribuição aulas/cargos desumano, tendo em vista que, não se tramitou matriz para unidade no ano de 2022. Com isso o governador já destruiu a equipe pedagógica da escola, o que deixa a entender que esse seria um dos objetivos centrais da Seduc/MT. Também é bom pontuar que a escola recebeu o recurso de 100 mil e está realizando a pintura do prédio, e que acontecendo o fechamento e cedência do prédio para prefeitura isso demonstra descaso com os recursos públicos, já que a prefeitura pintaria de outra cor.

Perguntas que não podem calar diante de um Seduc/MT que não conhece os problemas reais das escolas

Se o Governador Mauro Mendes tivesse realmente interesse em ouvir a população, não teria permitir o vice-governador Otaviano Pivetta gerir de porteira fechada a Seduc, nomeando alguém que não é da educação e importando agentes da privatização do estado do Paraná para lotear em licitações, no mínimo em bases frágeis, o orçamento da educação pública em MT.

É claro e notório que a Seduc sob o governo Mauro Mendes e Otaviano Pivetta não querem debater as condições necessárias para garantir, de fato, uma boa educação a quem realmente precisa. Se não fosse assim, a Seduc não teria dificuldades em responder as seguintes questões:

1- Qual unidade de ensino vai atender o projeto de imigrantes, tendo em vista que a escola recebeu um e-mail do Setor de Diversidade, perguntando para sobre a escola para onde eles iriam?

 2- Quais unidades escolares farão atendimento de EJA dos estudantes que trabalham e precisam estudar no período da manhã e da tarde?

 3- Quais unidades escolares vão fazer atendimento de estudantes PCD's adultos que não podem estudar a noite?

4- Quais unidades escolares farão atendimento de adolescentes do segundo segmento de 17 anos que não podem estudar a noite?

 5-Qual o planejamento de encaminhamento destes estudantes para outras unidades, pois muitos não tem acesso a internet e nem sabem quais escolas tem possibilidade de atendimento. Como será feita a comunicação?

6- Como preparar documentação desses estudantes para outras unidades se ainda não saiu todo credenciamento da unidade via Conselho Estadual de Educação?

 7- Quais as ações que a Seduc está tomando para trabalhar o emocional dos estudantes dos 6.ºs  anos do Ensino Fundamental, que passaram por um processo de adaptação e agora que estavam estabelecendo vínculos já terão que mudar e, com isso, irão perder os vínculos criados com a comunidade escolar, docentes e colegas do EEDIEB Licínio?

8 - Quais as ações tomadas pela Seduc/MT para os estudantes PCDs em relação a sala de recursos e a professora que atende estes estudantes, tendo em vista que, por exemplo, para estudantes com autismo e dislexia mudanças bruscas pode gerar traumas e atrasos em seu desenvolvimento?

9- Como garantir um espaço de aprendizado adequado às senhoras e senhores de idade, sendo que os mesmos terão espaço compartilhado em outras unidades com adolescentes do ensino regular?

 10- Quais serão os procedimentos de cálculo de carga horária dos estudantes nas demais escolas, tendo em vista que elas não trabalham com esse sistema, para que seja garantido ao estudante a continuidade correta de seus estudos? Lembrando que no ano corrente, vários estudantes foram encaminhados de outras unidades para o Licínio, porque nas outras unidades não sabiam como dar esse atendimento aos estudantes.

11- Qual unidade ofertará o exame on-line, pois até o presente momento a escola Licínio é a referência para o devido exame e certificação do Enceja. Quais unidades ofertarão esse exame com a consequente certificação.

Se o governo Mauro Mendes fosse mais comprometido com a educação, tais questões seriam respondidas, inclusive, com a participação e discussão da matéria mediadas por Conselho estadual de Educação mais autônomo frente ao próprio governo e à Seduc do Vice-Governador Otaviano Pivetta.

A comunidade da escola Licínio entre a angústia e ainda, a expectativa do não fechamento

A comunidade escolar ainda aguarda do Prefeito Kalil Baracat o cumprimento de sua palavra no telefonema recebido do Senador Jaime Campos, quando o mesmo se reuniu pela segunda vez com a Gestão da Escola e com a presença do Sintep/VG.  A Comunidade escolar ainda acredita que as lideranças políticas estão imbuídas na defesa do bem da maioria da população e vão  assegurar a continuidade da Escola Licínio como escola estadual, trabalhando, inclusive para aportar projeto de Ensino Profissionalizante para a Escola, assegurando, também, a oferta da EJA, para que a criação do EEDIEB, como Escola de Desenvolvimento Integral seja uma realidade no Governo Mauro Mendes e que sua criação como Escola de Desenvolvimento Integral não fique apenas como mais uma ação fake News do Governador Mauro Mendes, que enganou a população de Várzea Grande ao fechar o CEJA – Centro de Educação de Jovens e Adultos, e criando a Escola de Desenvolvimento Integral, para fechar menos de um ano após sua criação.

Com a determinação do fechamento da escola Licínio Monteiro, o Governo do Senhor Mauro Mendes entrará para a história como o governo da destruição de direitos dos Jovens e Adultos, Alunos Especiais, Alunos Imigrantes e, também as Famílias que neste ano de 2021 confiaram na escola a continuidade dos estudos de seus filhos no ensino regular.

A luta vai continuar contra o fechamento e a Municipalização da Escola Licínio Monteiro!

Coletivo de Lutas em Defesa da Escola Licínio Monteiro e contra seu fechamento ou sua municipalização

Várzea Grande, 28 de novembro de 2021.


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